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terça-feira, 1 de junho de 2010



Frio pede cuidados contra alergia, gripe e poluição


Os brasileiros das regiões Sul e Sudeste devem se preparar para um inverno típico a partir deste mês, com baixas temperaturas: segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre maio e julho as médias devem ficar em 15,5° C no Sul, 19,25° C no Sudeste e 17° C na cidade de São Paulo. O clima frio é propício para o desenvolvimento de doenças alérgicas, respiratórias e até cardiovasculares. Confira as dicas dos especialistas para minimizar os males do inverno e da poluição, que se agrava nesta estação.

"Nessa época do ano, três fatores atuam contra a saúde, juntos ou não: o frio, a baixa umidade e a poluição, que aumenta", explica Clystenes Odyr Soares Silva, médico pneumologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "O aparelho respiratório é a parte do corpo mais afetada pelo frio, porque a gente respira 24 horas por dia, num total de 10.000 litros diários. Dessa forma, pessoas que têm doenças respiratórias, como asma, rinite e bronquite, sofrem um agravamento desses males."

O período também é caracterizado por causar incômodo aos alérgicos. Portadores de alergia ou de bronquite provocada por cigarro enfrentam um agravamento do mal-estar. De acordo com Soares Silva, para as vítimas de alergia respiratória - que correspondem a cerca de 10% da população - a solução é a medicação, sempre obedecendo a orientação médica. Já para a alergia que acomete os olhos, marcada por sintomas como coceira, irritação e sensibilidade aguçada, o recomendado é a lubrificação.

Mas os não-alérgicos também sofrem: gripes, resfriados e pneumonias, males do grupo das infecções, são constantes durante os meses de frio. Contra a gripe, o ideal é a vacina. "É boa, eficaz e segura", defende o pneumologista.

Ambiente - Outro problema do período é a qualidade do ar em ambientes fechados. Em muitos escritórios, respira-se o ar condicionado, que, segundo Soares Silva, é frio, seco e poluído - no caso de haver negligência na manutenção do equipamento. Nos ônibus, o costume de fechar as janelas cria boas oportunidades para a propagação dos vírus da gripe. O mesmo vale para cinemas, teatros e danceterias.

Também não se está a salvo nas ruas. Regiões metropolitanas como a de São Paulo costumam sofrer o fenômeno da inversão térmica. Pelas manhãs, o ar quente presente nas altitudes impede a subida do ar frio, juntamente com os poluentes contidos nele, como a fuligem dos carros. Assim, a poluição fica em contato direto com a população.

De acordo com Paulo Saldiva, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do recém-criado Instituto Nacional de Avaliação Integrada de Risco Ambiental, a poluição gera diversos prejuízos aos sistema respiratórios e cardiovascular - suspeita-se também que ela influencia a hiperatividade motora, diminua a qualidade do sêmen humano e provoque o aumento da ocorrência de câncer de mama entre mulheres jovens, além do de pulmão. Somados, os males matam 19 pessoas por dia em São Paulo. "A poluição produz em pequena dimensão o que o cigarro faz em grande escala", avalia o especialista.

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